
Gerenciar os gastos no comércio é um dos maiores desafios enfrentados por pequenos e médios comerciantes.
Em tempos de dólar alto, novas taxações e concorrência cada vez mais acirrada, manter os gastos sob controle não é apenas uma questão de eficiência, mas de sobrevivência.
Afinal, não adianta vender muito se o dinheiro desaparece no meio do caminho.
Neste artigo, você vai entender por que gerenciar os gastos no comércio é fundamental para garantir lucro real, quais são os principais tipos de custos que precisam de atenção e como aplicar estratégias práticas para evitar que o seu esforço se perca em despesas mal administradas.
O problema de não controlar os gastos no comércio
Muitos lojistas caem na armadilha de olhar apenas para o faturamento diário. O caixa cheio no fim do dia pode até passar a impressão de sucesso, mas o verdadeiro indicador da saúde de um negócio está no que sobra no fim do mês.
Se os gastos no comércio não forem registrados, analisados e controlados, a situação se repete: muito trabalho, muitas vendas, mas pouco ou nenhum lucro líquido. Isso acontece porque o comerciante foca em vender mais, mas não percebe que está gastando demais e, muitas vezes, em áreas que poderiam ser facilmente ajustadas.
Esse é o ponto crucial: não é apenas vender mais, mas gastar melhor.
Dividindo os gastos no comércio
Para entender onde o dinheiro está indo, o primeiro passo é organizar os gastos no comércio em categorias. De forma prática, eles podem ser divididos em três grupos:
1. Custos Fixos
São aqueles que independem do volume de vendas. Mesmo que a loja não venda nada em um mês, eles estarão lá. Exemplos:
- Aluguel;
- Contas de água e energia;
- Salários de funcionários;
- Internet e telefonia.
Eles funcionam como a “base” do negócio. Não dá para eliminá-los, mas é possível negociar contratos, buscar alternativas mais baratas e controlar desperdícios de energia, por exemplo.
2. Custos Variáveis
Aqui entram os gastos no comércio que aumentam ou diminuem conforme o volume de vendas. Exemplos:
- Compra de mercadorias para revenda;
- Comissões de vendedores;
- Taxas de cartão de crédito e débito;
- Embalagens.
São gastos necessários para gerar receita, mas precisam ser constantemente monitorados para que não se tornem maiores do que o retorno que trazem.
3. Custos Ocultos
Este é o “vilão invisível” de muitos negócios. São gastos no comércio que muitas vezes o lojista não percebe, mas que corroem silenciosamente o lucro:
- Perdas de estoque por validade vencida;
- Produtos danificados;
- Compras mal planejadas;
- Descontos concedidos sem critério.
Ao entender essa divisão, o comerciante ganha clareza. Em vez de achar que o problema é apenas vender pouco, ele descobre exatamente onde o dinheiro está vazando.
Um exemplo prático: quando os gastos no comércio enganam
Vamos imaginar um comerciante que fatura R$ 50 mil por mês. À primeira vista, parece um bom resultado. Mas quando colocamos os gastos no comércio na ponta do lápis, a realidade aparece:
- Aluguel e contas fixas: R$ 8.000;
- Compras de mercadorias: R$ 30.000;
- Folha de pagamento: R$ 7.000;
- Taxas e desperdícios: R$ 3.000.
Sobra apenas R$ 2.000, o que representa menos de 5% de margem líquida.
Agora imagine que esse comerciante erre em um pedido de compra e fique com mercadoria encalhada, ou que dê descontos sem planejar. Esse pequeno lucro simplesmente desaparece.
É neste ponto que muitos lojistas se frustram e dizem:
— “Trabalho, trabalho, mas não vejo dinheiro.”
A verdade é que o problema não está apenas nas vendas, mas na falta de controle dos gastos no comércio.
Como resolver: o caminho para organizar os gastos no comércio
A boa notícia é que gerenciar os gastos no comércio não exige grandes investimentos. Com algumas práticas simples e organização, é possível recuperar margens de lucro e ganhar segurança financeira.
1. Registre tudo
Não confie na memória. É comum pensar “eu sei de cabeça quanto gastei”, mas na prática, pequenos valores passam despercebidos e se acumulam no fim do mês.
Use uma planilha simples ou até mesmo aplicativos gratuitos de controle financeiro. O importante é registrar cada entrada e saída.
2. Classifique os gastos
Separe as despesas entre fixas, variáveis e ocultas. Essa categorização ajuda a enxergar o que é indispensável e o que pode ser reduzido ou eliminado.
Por exemplo: se a energia elétrica está muito alta, pode ser um sinal de que equipamentos antigos estão consumindo demais. Já nos custos ocultos, talvez você descubra que está perdendo R$ 1.000 por mês em mercadorias vencidas, dinheiro que poderia ser reinvestido.
poderia ser reinvestido.
3. Revise constantemente
Os gastos no comércio não são estáticos. O que hoje parece aceitável pode se tornar um problema amanhã.
Por isso, é essencial revisar semanalmente ou, no mínimo, mensalmente, para corrigir o rumo antes que o prejuízo seja grande.
Benefícios de organizar os gastos no comércio
Quando o comerciante adota uma rotina de gerenciamento de custos, a loja deixa de ser uma loteria. Entre os principais benefícios estão:
- Maior clareza: você sabe exatamente para onde o dinheiro está indo.
- Tomada de decisão segura: fica mais fácil definir preços, dar descontos e planejar promoções.
- Resistência às crises: em momentos de alta do dólar ou novas taxas, você consegue se adaptar sem comprometer a saúde financeira.
- Mais lucro real: o esforço de vendas começa a refletir em dinheiro sobrando no caixa, e não apenas em movimentação de capital.
Em resumo, quando os gastos no comércio são organizados, a loja passa a trabalhar de forma estratégica, e não apenas no improviso.
Conclusão: organizar os gastos no comércio é estratégia, não burocracia
Gerenciar os gastos no comércio não deve ser visto como uma tarefa chata ou burocrática. É, na verdade, um dos pilares do crescimento sustentável no comércio.
Quando o comerciante entende a diferença entre custos fixos, variáveis e ocultos, registra suas despesas e revisa constantemente, passa a ter o controle real do negócio. Assim, consegue não apenas sobreviver, mas crescer mesmo em cenários desafiadores.
Se você sente que trabalha muito, mas o lucro nunca aparece, talvez o problema não esteja no faturamento, mas sim nos gastos no comércio que não estão organizados. Comece hoje mesmo a registrar e analisar seus custos. Pequenas mudanças podem gerar grandes resultados.
“A falta de controle sobre as finanças é o principal motivo que leva ao fechamento de pequenas empresas no Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sebrae, 48% das micro e pequenas empresas encerram suas atividades devido a problemas relacionados à falta de planejamento financeiro e ao descontrole do caixa.” Brasil 247
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